Uma das maravilhas dos Grupos de Reflexão é a de ser uma “Igreja” que vai ao encontro das pessoas, de casa em casa. O cristianismo nascente apresenta a “Casa” como espaço privilegiado de evangelização. A casa é o lugar do encontro, da experiência com Jesus que nos leva à missão (Mt 8,14; Lc 10,38; 19,5). A casa era lugar da celebração da Ceia, memória e vida (Lc 22,11-12; Mt 26,18). A casa era também lugar do ensinamento (Mt 13,36; Mc 16,14; At 1,13-14.
Um dos grandes desafios para a ação evangelizadora hoje é ir ao encontro das pessoas. Jesus percorria todas as cidades e aldeias (Mt 9,35), ia às casas e sinagogas para anunciar a Boa Notícia da misericórdia de Deus (Mc 8,40-42.49-55)
A experiência com Jesus Cristo é fundamental para que alguém se torne missionário. Os animadores dos grupos são portadores de uma “Grande e Boa Notícia”. Não é uma notícia qualquer, mas a notícia da Boa Nova do Evangelho. Lembrou-nos o Papa João Paulo II que “o anúncio é animado pela fé que gera entusiasmo e ardor missionário” (RM nº 45). Daí a importância de os cristãos leigos descobrirem este jeito dinâmico e prazeroso de evangelizar e de ir ao encontro das pessoas. Os grupos de reflexão, espalhados pelas nossas comunidades, são como sementes que jogadas na terra, assumem a missão de nascer, crescer e produzir. São um meio eficaz de evangelização missionária, uma catequese permanente.
Só esperar que as pessoas venham a nós significa empobrecer o espaço da missão. Mesmo entre os que não frequentam a Igreja há uma grande valorização da Palavra da Bíblia. Assim, o estudo do Evangelho nas casas ou em outros locais tem de incluir gente que não faz parte do grupo dos chamados católicos praticantes.
Ir de casa em casa com a palavra de Deus precisa ser uma missão permanente. Deus chama todos para o seu reino de justiça e libertação. Procure a sustentabilidade para a sua fé, assumindo participar sempre dos grupos de reflexão e outros serviços para o seu bem e o bem da comunidade. “Toda escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda obra” (2 Tm 3,16-17).
*Paróquia de Mutum
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