FESTA DOS SANTOS
Dom Paulo Mendes Peixoto*
Começamos o mês de novembro celebrando a Festa de todos os Santos, próxima do Dia de Finados. São dois fatos que marcam nossa vida. Um como fim na terra, e outro, como continuidade na vida eterna, marcada pela santidade e amor total.
Neste momento, uma expressão muito citada na Sagrada Escritura, vem à tona: “A vida vence a morte”. É o mistério da existência humana que só é entendido numa dimensão de fé em Deus e na dignidade da pessoa como ser de eternidade.
A fé, baseada na Palavra de Deus, nos diz que Deus é Santo. E assim deve ser também a criatura humana. Para isto ela é chamada pelo Criador a atravessar um caminho de perfeição para sua realização plena e eterna em Deus.
A Festa de todos os Santos é firmada pela esperança, por aquilo que é capaz de sustentar a continuidade da vida na terra. O desespero é trampolim para a morte. É a incapacidade para implantar a justiça e de testemunhar a solidariedade projetada pelo Criador.
A santidade é fruto da prática de justiça e da pureza do coração. É abençoado aquele que procura estar em sintonia com o Senhor e não tem os desejos voltados para o mal e para o crime. Temos que levar em conta que somos chamados filhos de Deus.
A pessoa humana tem uma dignidade especial, com capacidade para amar verdadeiramente os semelhantes. Entre os filhos de Deus deve ter destaque a fraternidade, de convivência, de respeito e de comunidade. Isto implica a prática da justiça.
A integridade do coração humano seja sem ambiguidades. Coração aberto e acolhedor, de discípulo que tem consciência das consequências de seu modo de agir. Mesmo num mundo de conflitos e violência, pratica atos de solidariedade.
A santidade é dom de Deus e resposta consciente e livre da criatura humana. É fruto de decisão e determinação na vida, seguindo os passos comuns de Jesus Cristo. Não importa fazer grandes coisas ou não, importa ter convicção e audácia no que faz.
*Bispo de São José do Rio Preto
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