Trabalho e ecologia
Tal qual a besta do Apocalipse, que foi adorada pelo povo, o capitalismo destruidor da natureza também é tratado como algo bom, porque faz uma propaganda a seu favor, ou seja, a favor dos grandes capitalistas, que aparecem como benfeitores, quando na verdade tudo fazem somente por dinheiro, e nunca pela vida.
A propagação desses “valores” é tão forte que até mesmo alguns trabalhadores adquirem essa visão de valorizar os ganhos acima de tudo. Além disso, o descaso com o meio ambiente é resultado de ensinamentos que colocam o humano como centro e não como parte da natureza. A tendência é se sentir dominador da natureza e não participante dela.
É provado que a dinâmica do sistema capitalista devasta os recursos naturais, mas cabe também às pessoas, uma parcela de responsabilidade. Salvar o planeta é um desafio para todos e todas, incluindo a necessidade de se estudar a respeito, para entender os mecanismos que destroem a vida e lutar para eliminá-los. Afinal, o ser humano é construtor da história e não somente espectador.
Precisamos de base social e de força social para darmos qualidade ao trabalho e ao trabalhador(a), oferecendo-lhes mais saúde, proteção, condição de dignidade e direitos incorporando a dimensão ecológica e social.
É preciso entender melhor uma Igreja libertadora, que se volta paras as pessoas descartadas pelo capitalismo.
Temos que construir redes, organização, articulação das associações, dos sindicatos e outras formas que estão surgindo para a travessia, na superação dos males da terra.
As CEBs, pastorais sociais, encontros, grupos de reflexão e tantas outras dimensões simbolizam uma grande rede de libertação. Mas, para avançar mais, é necessário realizar formação sistemática com muita informação e utilizando o método VER-JULGAR-AGIR.
Paróquia de Mutum
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